domingo, 13 de junho de 2010

DEUS DOS EXCLUÍDOS PELAS ESTRUTURAS RELIGIOSAS.

Há no nosso tempo pessoas esperançosas por encontrar um lugar de refrigério para seus pés cansados, mãos calejadas e corações partidos, mas esse ambiente de deleite está bem além das paredes dos templos cristãos. Enojadas  das instituições impessoais, regidas pelo mercantilismo e saturadas de preconceito... querem vivenciar o amor, a graça, a aceitação incondicional, a liberdade do evangelho puro e simples, relacionamentos fraternos sem fingimento,ter irmãos autênticos e não colegas de igreja------é assim que se resume o desejo do coração dos esquecidos ou desprezados pelo cristianismo, os famigerados ‘’rebeldes’’. Encontro no cotidiano pessoas especiais que se martirizam pelo estigma desalentador imposto por muitos crentes.Então tento explicar que todos que confessam o senhorio de Jesus estão integrados incondicionalmente a família dos amados, unida por laços eternos, mantida pela vida do Espírito e presente em todos os continentes.Todos receberam um lugar de importância na comissão pela vida,uma missão evangelizadora que é antagônica ao sistema proselitista predominante na igreja evangélica. É um organismo puramente espiritual e quem é consciente desta verdade, não necessariamente terá que congregar com um grupo denominacional. A nossa edificação espiritual não é proveniente pela assiduidade a cerimônias dos grupos evangélicos e sim pela interação que estabelecemos com os que confessam a fé uma vez dada aos amados do Pai. O fato de você ser visto como ‘’rebelde’’aos olhos dos modernos fariseus e não estar enquadrado no rol de membros de uma em igrejola institucional não significa que você não seja um cristão autentico. "Igreja não salva ninguém"-Quem nunca ouviu essa declaração? Em outras palavras: "Exercícios religiosos não nos levam até Deus". Considerando que a igreja como tal é hoje, está desprovida de outorgar salvação aos perdidos, devido à sua ausência de graça. Sim, a igreja institucional afastou-se da simplicidade que há em Cristo. Por isso não se estranharia o fato se Jesus viesse novamente a Terra, se fosse perseguido e mal compreendido pelos conhecidos crentes, porque eles construíram um ideal religioso estranho ao modo de viver do Mestre amado. Quem não se sente feliz ao adentrar uma festa e logo receber dos anfitriões afáveis boas vindas?Por isso você amigo que não está enquadrado nesse sistema hipócrita religioso irreformável e acredita, confessa e expressa à vida ressurreta de Jesus Cristo com as obras de justiça perante os homens incrédulos, pode se considerar aceito e usado por aquele que não habita em templos feitos por mãos humanas. Conta-se que um dia um homem considerado pecador pelos religiosos fora impedido de participar da eucaristia em uma igreja protestante. Com sua alma abatida, pôs se a chorar e Deus lhe perguntou a razão do pranto, respondeu-lhe que não fora aceito pelos crentes, e verdade libertadora do Pai fora dita---Não fique entristecido por isso, eles também não me aceitam lá.

A ESSÊNCIA DO EVANGELHO É SIMPLES... É SIMPLESMENTE AMAR


Segundo o apóstolo Paulo, o amor é o vínculo da perfeição. Isso significa que à medida que amamos com sinceridade, de acordo com a liberdade do evangelho, damos passos largos à estatura do homem perfeito e superamos nossas imperfeições. E Pedro acrescenta: “Amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados” (1 Pe 4:8).É amando que se vence!.O poder do evangelho residente no amor é capaz de fazer o homem alcançar vitórias sobre suas fraquezas na caminhada existencial. A demonstração de poder que o mundo anseia por ver não são os espetáculos de curas e milagres e sim o amor que emana do coração de Deus. Considerando que espiritualmente já estamos aperfeiçoados, uma vez tendo Pai dispensado sua natureza em nós, podemos certamente amar ilogicamente. O que seria isso?É amar fora dos parâmetros socialmente aceitos. A prática do evangelho é simples e quem se opõe a simplicidade dela, estabelece um amontoado de prescrições sufocantes. Seria mais razoável s eles cumprissem uma lista de obrigações, já que a vida da graça é incômoda nas sociedades evangélicas, que se levantem altares e queimem holocaustos de animais, porque o evangelho é inclusão graciosa e não exclusão legalista. As igrejas estabeleceram o padrão de ser evangélico para não parecer que tudo é de graça e com isso esmorece a força do amor que está intrinsecamente ligado ao contexto da graça. A partir disso, tudo vira obrigação e não voluntária disposição. Amar é agir em conformidade com a filosofia da cruz. Entregar-se pelos indignos, amar os inimigos, fazer o bem a todos, compadecer pelos oprimidos e uma série de boas ações que só são verdadeiramente boas se é fruto de uma nova natureza. Essa nova natureza é tão ampla que nulificou a corrupção de nossa carne. A manifestação desse poder ocorre à medida que rompemos nossas fraquezas amando conforme o modelo de Cristo. Eu preciso ter a revelação do amor de Deus em Cristo operante no meu ser, para reproduzir essa vida internalizada. É esse o caminho que possibilita a realização existencial, onde não existe a amargura de espírito e o medo de ser quem é. Na religião nós nos maquiamos com cosméticos da superficialidade para não mostrar nossas imperfeições. Na graça não existe o poder separador do pecado, porque este fora destruído. No sistema sem graça somos induzidos a padronizarmo-nos com certas condições sacramentalizadas para obtermos o diploma de conversão. A falta de aceitação da nossa humanidade maltrapilha nos faz cair no engodo religioso que se porventura pecarmos receberemos a justa condenação, nesta ocasião sinais exteriores são considerados de grande valia, verdadeiras boas obras para a salvação. É o conceito de santificação compreendido erroneamente. Mesmo que contestem, os Cristãos da atualidade cumprem diversos preceitos com diligencia, mas se fazem de cegos diante dos dois únicos mandamentos deixados por Jesus Cristo, amar a Deus e ao próximo com o mesmo amor que Ele demonstrou. A ênfase do evangelho é propagar o conceito de que existe um reino onde o amor é a sua bandeira e é amando de fato que o homem se encontrará com o transcendente, onde será realizado, onde completará todo seu ser. Jesus não pregou a necessidade de o homem ter uma religião no sentido do que hoje se vê. Tiago declara que a religião de Deus é simplesmente cumprir os mandamentos. A religiosidade que conhecemos é uma engenhosidade humana dos que não entenderam a dimensão da graça de Deus e com isso regras absolutas, preceitos sufocantes e leis de usos e costumes substituíram a ordem simples do amor, a característica primordial dos seguidores do mestre de Nazaré. Analise as confissões de fé, repletas de instruções e dogmas e nenhuma menção ao que é mais importante na prática cristã. Nos discursos dos crentes encontramos o pivô do sistema----apontar facilmente o pecado das pessoas, censurá-las, sem, contudo ver que o redil no qual estão inseridos transformou-se graças à falta do amor em um lugar pior do que qualquer bordel ou casa noturna. Pois o bordel é o que é. A igreja quer ser o que deixou de ser. Mas essa idéia de querer ser família tão difundida pela igreja é apenas uma questão de marketing, pura publicidade. Falam do que não entendem, cantam do que nunca experimentaram e ainda desejam ser reconhecidos como Discípulos de Jesus. Mas como?Se o que é mais importante para Deus não é valioso para eles. Olhe para a quantidade de templos construídos na sua cidade e como são bem construídos. Gastam-se muito dinheiro para levantá-los. É mais fácil ver uma igreja evangélica organizar uma tarde self-service de sorvete, na intenção de arrecadar fundos para terminar um aparatoso templo, do que formar um mutirão objetivando construir casas numa comunidade carente na proximidade. A essência do evangelho é o amor, mas, no entanto hoje não se evangeliza por amor e simplesmente por uma questão de proselitismo, visando o engrandecimento de suas denominações.

Uma Vida livre do Sistema

É comovente ver a quantidade de gente fadigada espiritualmente, depois de uma caminhada dedicada, décadas no serviço de comunidades locais e enfadados por traições e tantas experiências entristecedoras. Jesus, no seu ministério terreno, contemplou a dura realidade das pessoas de sua época, a Bíblia as descreve como ovelhas sem pastor. E a conjuntura de hoje está no mesmo jeito. Apesar de tudo, do passado, da hipocrisia, do desamor dos líderes—uma fagulha de esperança ainda permanece acesa. Visto que o que se conhece por igreja, nada tem a ver com o sentido de igreja empregado por Jesus em Mateus 16. O sentido é entender que reunidos com duas ou três pessoas somos a igreja, quer seja num estádio de futebol, na praça central ou no supermercado. A interação desta comunidade ‘’invisível’’ se dá quando realizamos despretensiosamente obras de justiça, externando misericórdia aos errantes, exalando o perfume da graça aos imerecidos, exercendo o ministério da reconciliação aos discriminados, vivendo as maravilhas do amor de Cristo através de gestos transformadores como um sorriso, um abraço e atuando significativamente como agentes da justiça do reino para as vítimas das tiranias sociais. Este é o verdadeiro culto, o verdadeiro jejum e os sacrifícios que agradam o coração do Pai. O lugar destinado a nós, os libertos da religião só poderá ser encontrado mediante a expressão essencial do evangelho-o amor.A nossa missão é apontar o caminho da simplicidade de viver aos que porventura estão submersos no mar da religiosidade eclesiástica, proclamando aos ‘’crentes’’que Deus deseja libertá-los para a verdade e essa verdade é antagônica ao sistema das igrejas institucionais. O sistema que o título se refere é a totalidade da conjuntura cristã de hoje, marcada pelas divisões, política ministerial, a troca do evangelho puro e simples pelos apelos sensacionalistas de prosperidade e sinais miraculosos. A cada dia aumenta o número de ex-crentes egressos do sistema religioso evangélico. É o grupo dos ‘’Sem-Igreja’’ou ''Desigrejados''. Gente que não deseja mais viver em templos frios e impessoais, sociedades impregnadas de legalismo, hipocrisia e vã devoção. Ambientes norteados por valores egoístas, lugares onde o poder aquisitivo fala mais alto que a sinceridade do coração. Uma Vida Livre do Sistema é um meio de fortalecimento destinado aos cristãos cansados da dominação dos lideres personalistas, pastores, reverendos, bispos e apóstolos centrados em seus interesses particulares, querendo a todo custo angariar dos fiéis contribuições financeiras visando o sustento de seus reinos denominacionais e o glamour de sua opulência ministerial. Deus deseja incutir em nosso espírito a certeza de pertencimento de todos, pois todos os homens foram reconciliados pela oblação de seu Filho no madeiro. E a capacidade de escrever, dádiva de Deus para mim, faço para dispensar alegria os corações entristecidos, apregoando sem impedimento, toda liberdade existente na graça de Cristo Jesus.