domingo, 13 de junho de 2010

A ESSÊNCIA DO EVANGELHO É SIMPLES... É SIMPLESMENTE AMAR


Segundo o apóstolo Paulo, o amor é o vínculo da perfeição. Isso significa que à medida que amamos com sinceridade, de acordo com a liberdade do evangelho, damos passos largos à estatura do homem perfeito e superamos nossas imperfeições. E Pedro acrescenta: “Amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados” (1 Pe 4:8).É amando que se vence!.O poder do evangelho residente no amor é capaz de fazer o homem alcançar vitórias sobre suas fraquezas na caminhada existencial. A demonstração de poder que o mundo anseia por ver não são os espetáculos de curas e milagres e sim o amor que emana do coração de Deus. Considerando que espiritualmente já estamos aperfeiçoados, uma vez tendo Pai dispensado sua natureza em nós, podemos certamente amar ilogicamente. O que seria isso?É amar fora dos parâmetros socialmente aceitos. A prática do evangelho é simples e quem se opõe a simplicidade dela, estabelece um amontoado de prescrições sufocantes. Seria mais razoável s eles cumprissem uma lista de obrigações, já que a vida da graça é incômoda nas sociedades evangélicas, que se levantem altares e queimem holocaustos de animais, porque o evangelho é inclusão graciosa e não exclusão legalista. As igrejas estabeleceram o padrão de ser evangélico para não parecer que tudo é de graça e com isso esmorece a força do amor que está intrinsecamente ligado ao contexto da graça. A partir disso, tudo vira obrigação e não voluntária disposição. Amar é agir em conformidade com a filosofia da cruz. Entregar-se pelos indignos, amar os inimigos, fazer o bem a todos, compadecer pelos oprimidos e uma série de boas ações que só são verdadeiramente boas se é fruto de uma nova natureza. Essa nova natureza é tão ampla que nulificou a corrupção de nossa carne. A manifestação desse poder ocorre à medida que rompemos nossas fraquezas amando conforme o modelo de Cristo. Eu preciso ter a revelação do amor de Deus em Cristo operante no meu ser, para reproduzir essa vida internalizada. É esse o caminho que possibilita a realização existencial, onde não existe a amargura de espírito e o medo de ser quem é. Na religião nós nos maquiamos com cosméticos da superficialidade para não mostrar nossas imperfeições. Na graça não existe o poder separador do pecado, porque este fora destruído. No sistema sem graça somos induzidos a padronizarmo-nos com certas condições sacramentalizadas para obtermos o diploma de conversão. A falta de aceitação da nossa humanidade maltrapilha nos faz cair no engodo religioso que se porventura pecarmos receberemos a justa condenação, nesta ocasião sinais exteriores são considerados de grande valia, verdadeiras boas obras para a salvação. É o conceito de santificação compreendido erroneamente. Mesmo que contestem, os Cristãos da atualidade cumprem diversos preceitos com diligencia, mas se fazem de cegos diante dos dois únicos mandamentos deixados por Jesus Cristo, amar a Deus e ao próximo com o mesmo amor que Ele demonstrou. A ênfase do evangelho é propagar o conceito de que existe um reino onde o amor é a sua bandeira e é amando de fato que o homem se encontrará com o transcendente, onde será realizado, onde completará todo seu ser. Jesus não pregou a necessidade de o homem ter uma religião no sentido do que hoje se vê. Tiago declara que a religião de Deus é simplesmente cumprir os mandamentos. A religiosidade que conhecemos é uma engenhosidade humana dos que não entenderam a dimensão da graça de Deus e com isso regras absolutas, preceitos sufocantes e leis de usos e costumes substituíram a ordem simples do amor, a característica primordial dos seguidores do mestre de Nazaré. Analise as confissões de fé, repletas de instruções e dogmas e nenhuma menção ao que é mais importante na prática cristã. Nos discursos dos crentes encontramos o pivô do sistema----apontar facilmente o pecado das pessoas, censurá-las, sem, contudo ver que o redil no qual estão inseridos transformou-se graças à falta do amor em um lugar pior do que qualquer bordel ou casa noturna. Pois o bordel é o que é. A igreja quer ser o que deixou de ser. Mas essa idéia de querer ser família tão difundida pela igreja é apenas uma questão de marketing, pura publicidade. Falam do que não entendem, cantam do que nunca experimentaram e ainda desejam ser reconhecidos como Discípulos de Jesus. Mas como?Se o que é mais importante para Deus não é valioso para eles. Olhe para a quantidade de templos construídos na sua cidade e como são bem construídos. Gastam-se muito dinheiro para levantá-los. É mais fácil ver uma igreja evangélica organizar uma tarde self-service de sorvete, na intenção de arrecadar fundos para terminar um aparatoso templo, do que formar um mutirão objetivando construir casas numa comunidade carente na proximidade. A essência do evangelho é o amor, mas, no entanto hoje não se evangeliza por amor e simplesmente por uma questão de proselitismo, visando o engrandecimento de suas denominações.

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